Receba Novidades
Seja o primeiro a receber nossas análises e resultados sobre Comportamento Político.
Browsing: Artigos de Capa
Para a maioria dos entrevistados que já participaram da pesquisa sobre as Cheias de Maio, revela-se um estado coletivo de frustração diante da lentidão das respostas institucionais e da sensação de abandono.
No último ano, enfrentamos no Rio Grande do Sul eventos climáticos extremos que marcaram profundamente nossas vidas. As cheias de mais de 2024, deixaram não apenas prejuízos materiais, mas também emocionais e sociais.
O tempo passou. Multiplicaram-se as promessas, as propagandas e as tentativas de importar soluções de fora, como dos Países Baixos. Reedições de velhos discursos se sucederam, sustentadas por uma fé quase cega no futuro. Afinal, somos grandes. Somos fortes. Mas até quando só isso basta?
Ao investigar os atributos desejados em um futuro governador, evidencia-se uma dissonância entre o perfil idealizado pelos eleitores e as preferências expressas no Mercado Político.
A região Sul do Brasil, formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é reconhecida pela diversidade de seu comportamento político e pela solidez de sua tradição eleitoral. A análise dos rankings partidários de 2014, 2018 e 2022, com base na soma dos votos válidos obtidos por cada partido para as disputas de deputado estadual e federal, incluindo eleitos e não eleitos, revela transformações significativas no perfil ideológico e na distribuição do poder político na região.
Os resultados a seguir demonstram as chances de voto atribuídas a cada pré-candidato avaliado, reforçando a percepção já destacada no artigo O Vácuo da Direita e do Centro no Rio Grande do Sul: o Estado passa por um processo de realinhamento político, marcado pela ascensão de novas forças no campo da direita, pelo fortalecimento de lideranças à esquerda e pela perda de competitividade dos partidos tradicionais.
Os resultados apresentados a seguir devem ser interpretados considerando o perfil dos eleitores entrevistados nesta pesquisa. É importante relembrar que estamos tratando de uma parcela significativa do eleitorado do Rio Grande do Sul, cerca de 40%, composta por pessoas com ensino médio ou superior (40,7% – fonte T.S.E.), com mais de 35 anos e em situação de atividade econômica, identificados com a classe média do RS.
“Ao silenciar o debate, silenciamos a crítica” me contou um entrevistado sobre sua visão política do momento que vivemos – Segundo ele, o debate no grupo familiar, com amigos e conhecidos se tornou um campo minado, abrindo espaço para narrativas que tentam nos convencer de que tudo está melhor do realmente está.
Com pouco mais de 15 meses para as eleições de 2026, realizamos um estudo inédito para compreender o eleitorado que se identifica com a classe média gaúcha.
Para isto, optamos por ouvir eleitores com formação em ensino médio e superior, com mais de 35 anos e inseridos no mercado de trabalho. Trata-se de um grupo social heterogêneo, situado entre os extremos de renda, com capacidade econômica para manter certo padrão de consumo e acesso a bens e serviços, oferecendo um retrato fiel de uma população sensível às oscilações da economia e das políticas públicas, especialmente nas áreas de segurança, desenvolvimento, emprego e educação.
A eleição para o governo do Rio Grande do Sul em 2022 revelou um comportamento ideológico complexo, marcado pela disputa entre três polos principais: a direita, o centro e a esquerda. Neste artigo, investigo especificamente o desempenho territorial da Direita e do Centro na disputa estadual, examinando a ocupação territorial das forças políticas