Este artigo parte daquilo que chamamos de teoria da insubstituição, segundo a qual Bolsonaro e Lula não apenas lideram, mas monopolizam a representação política de seus campos. À primeira vista, essa afirmação pode soar desconfortável, já que o senso comum sugere que toda liderança pode ser substituída. Na prática, porém, não é o que ocorre.
Nossa investigação, como já mencionado em outras ocasiões, busca aprofundar a compreensão das motivações e escolhas do eleitor no momento da decisão de voto. Para isso, analisamos as preferências da Classe Média, um recorte valioso, que expõe as razões de uma parcela do eleitorado reconhecida por seu perfil mais crítico e informado.