Receba Novidades
Seja o primeiro a receber nossas análises e resultados sobre Comportamento Político.
Browsing: eleições 2026
A partir de 2018, com a realização da primeira eleição verdadeiramente polarizada no Brasil, observamos mudanças profundas no comportamento do eleitor. A partir desse momento, os brasileiros passaram a expressar sua posição ideológica de forma mais contundente, elevando a temperatura da disputa e acentuando a divisão do país entre “nós” e “eles”.
A região Sul do Brasil, formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é reconhecida pela diversidade de seu comportamento político e pela solidez de sua tradição eleitoral. A análise dos rankings partidários de 2014, 2018 e 2022, com base na soma dos votos válidos obtidos por cada partido para as disputas de deputado estadual e federal, incluindo eleitos e não eleitos, revela transformações significativas no perfil ideológico e na distribuição do poder político na região.
Em 2022, o campo conservador atingiu uma hegemonia numérica inédita: partidos de direita e extrema-direita somaram juntos mais de 21 milhões de votos nominais, o equivalente à maioria absoluta dos votos válidos da região.
Nas últimas três eleições legislativas, o Nordeste brasileiro reafirmou seu papel como o principal reduto da esquerda no país.
A trajetória ideológica da Região Sul do Brasil entre 2014 e 2022 expõe um reposicionamento marcante do eleitorado rumo à direita do espectro político.
O ciclo iniciado com disputas equilibradas entre centro, esquerda e direita culmina, oito anos depois, na supremacia de um campo conservador amplamente dominante.
A dinâmica ideológica nas eleições para o Senado na região Centro-Oeste brasileira sofreu transformações significativas entre os anos de 2018 e 2022, refletindo uma crescente polarização política.
Para a maioria dos entrevistados que já participaram da pesquisa sobre as Cheias de Maio, revela-se um estado coletivo de frustração diante da lentidão das respostas institucionais e da sensação de abandono.
O tempo passou. Multiplicaram-se as promessas, as propagandas e as tentativas de importar soluções de fora, como dos Países Baixos. Reedições de velhos discursos se sucederam, sustentadas por uma fé quase cega no futuro. Afinal, somos grandes. Somos fortes. Mas até quando só isso basta?
Os resultados a seguir demonstram as chances de voto atribuídas a cada pré-candidato avaliado, reforçando a percepção já destacada no artigo O Vácuo da Direita e do Centro no Rio Grande do Sul: o Estado passa por um processo de realinhamento político, marcado pela ascensão de novas forças no campo da direita, pelo fortalecimento de lideranças à esquerda e pela perda de competitividade dos partidos tradicionais.