A disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados nunca foi tão acirrada. O número de candidatos por assento aumentou de 11,7 em 2010 para 20,7 em 2022, um crescimento de 77,1% na concorrência direta. Esse aumento impõe desafios crescentes, tornando indispensáveis estratégias políticas mais sofisticadas. O simples exercício do cargo já não garante a reeleição, pois o comportamento do eleitor evoluiu, as táticas políticas se transformaram e o ambiente eleitoral tornou-se ainda mais dinâmico e imprevisível.
Não por acaso, até mesmo campeões de votação encontram dificuldades para repetir seu desempenho em eleições subsequentes. Nas eleições de 2022, a Câmara dos Deputados registrou uma taxa de renovação de 39,4%, evidenciando a volatilidade do cenário político e a crescente dificuldade na manutenção de mandatos. O crescimento do número de candidatos, aliado à entrada de influenciadores e ativistas digitais na política, intensificou ainda mais a disputa. Hoje, aqueles que não se diferenciam acabam sendo vistos como “mais do mesmo”, reduzindo significativamente suas chances de sucesso.
No entanto, essa realidade não é novidade para políticos e assessores, que vivenciam essas transformações a cada eleição. Conscientes dos desafios, buscam constantemente soluções, mas muitas vezes se limitam a repaginar métodos ultrapassados com aparência de inovação.
Os exemplos são numerosos e chamam atenção. O uso de cadastros de eleitores, prestação de contas em redes sociais, divulgação de vídeos diários, registros fotográficos em eventos, transmissões ao vivo e publicações no Instagram com momentos familiares fazem parte de um esforço coordenado para transformar o legislador em um influenciador político. Essa estratégia visa não apenas capturar a atenção dos eleitores, mas também, em última instância, conquistar seu voto.
Seria um erro sugerir o abandono dessas estratégias. Afinal, embora sejam métodos tradicionais adaptados à tecnologia, eles continuam demonstrando eficácia. O verdadeiro questionamento, portanto, não é se devem ser utilizados, mas como torná-los mais eficientes.
O descompasso frequente entre comunicação e estratégia, revela a falta de sinergia entre elas, resultando em uma disparidade entre o que se planeja e o que efetivamente é executado. Essa é uma das principais dificuldades enfrentadas durante o mandato e, principalmente, nos períodos eleitorais, quando a reeleição não se concretiza ou o desempenho fica abaixo das expectativas, criando um ciclo negativo que, cedo ou tarde, levará o político ao fracasso eleitoral.
Foi para preencher essa lacuna que desenvolvemos métodos e ferramentas capazes de substituir a mera suposição por dados e informações estratégicas, personalizadas para cada cliente. Ao longo de nossa trajetória, aprimoramos o uso da inteligência artificial, criamos algoritmos e técnicas avançadas de análise que revelam informações cruciais, desconhecidas pela maioria dos políticos.
Analisar dados e segmentar informações evitam desperdícios de recursos, direcionam a comunicação e personalizam a captação de votos. Por meio dessas técnicas, investigamos o desempenho político, identificamos oportunidades estratégicas e apontamos caminhos que não podem ser ignorados.
Agora, faça este exercício e tente responder a estas questões:
- Você conhece o perfil político dos eleitores das cidades onde conquistou votos?
- Quais são os candidatos que conquistaram votos na sua região? Eles estão sendo monitorados?
- Onde você investira seu tempo para aumentar sua votação?
- Candidatos novos representam futuras ameaças na sua região?
- Sua base eleitoral está mudando de orientação política?
- Quais temas você deve priorizar nas regiões estratégicas?
Se essas perguntas parecem desafiadoras, é porque você ainda não possui as ferramentas adequadas para respondê-las com precisão. E é justamente aqui que nossa análise inteligente de dados faz a diferença, veja alguns exemplos que favoreceram decisões de nossos clientes:
- Candidatos conservadores (direita) recebem mais votos em cidades tradicionalmente progressistas (esquerda), enquanto candidatos progressistas (esquerda) obtém menos votos em municípios historicamente conservadores (direita).
- A taxa de abstenção pode reduzir a participação proporcional, o que pode impactar negativamente candidatos dependentes de maior mobilização.
- Em cidades de Direita, mulheres participam menos e jovens de 21 a 29 anos são mais propensos a se abster da votação.
- Candidatos progressistas tem dificuldades com a mobilização de eleitores de 20 a 29 anos e com ensino médio incompleto.
- Seu mandato se destaca pelo engajamento e alta participação política, indicando que sua candidatura mobilizara setores da classe trabalhadora urbana.
A política não é estática – ela se move, se transforma e, acima de tudo, surpreende. A disputa eleitoral vai muito além de um discurso bem estruturado ou de uma boa presença digital; ela exige, principalmente, uma interpretação precisa do cenário político para antecipar movimentos, corrigir rotas e conquistar a confiança do eleitorado.
Agora, pergunte a si mesmo: você está realmente preparado para a eleição de 2026?
Você está tomando suas decisões com base em dados estratégicos ou ainda está preso a suposições?
A política mudou, e aqueles que não utilizarem a análise inteligente de dados correm o risco de ficarem para trás. Então, você vai reagir e se antecipar ou continuará refém das mesmas estratégias do passado?
Se este artigo despertou sua atenção, venha falar conosco. Nossas soluções podem impulsionar seu mandato e sua campanha, otimizando recursos, identificando oportunidades e criando uma estratégia eleitoral baseada em inteligência, dados, resultados e interpretação.
O futuro da sua eleição começa com decisões informadas – e nós podemos ajudá-lo a tomá-las.
José Carlos Sauer é formado em Filosofia pela PUC-RS, pesquisador especializado em comportamento político, consultor estratégico, analista de dados e diretor do Instituto Methodus. Com mais de 25 anos de experiência no cenário eleitoral brasileiro, consolidou seu conhecimento sobre dinâmica do comportamento eleitoral, análise de tendências e desenvolvimento de estratégias políticas eficazes. Sua atuação se destaca na transformação de dados em inteligência aplicada, otimizando campanhas e decisões dentro de ambientes políticos altamente competitivos.