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Autor: José Carlos Sauer
José Carlos Sauer é formado em Filosofia pela PUC-RS, pesquisador em comportamento político, consultor estratégico, analista de dados e diretor do Instituto Methodus. Com mais de 25 anos de experiência no cenário eleitoral brasileiro, destaca-se na análise de tendências e no uso inteligente de dados para estratégias competitivas eficazes.
Este artigo parte daquilo que chamamos de teoria da insubstituição, segundo a qual Bolsonaro e Lula não apenas lideram, mas monopolizam a representação política de seus campos. À primeira vista, essa afirmação pode soar desconfortável, já que o senso comum sugere que toda liderança pode ser substituída. Na prática, porém, não é o que ocorre.
Nossa investigação, como já mencionado em outras ocasiões, busca aprofundar a compreensão das motivações e escolhas do eleitor no momento da decisão de voto. Para isso, analisamos as preferências da Classe Média, um recorte valioso, que expõe as razões de uma parcela do eleitorado reconhecida por seu perfil mais crítico e informado.
O que você vai ler dificilmente passará despercebido no meio político — não pelo resultado em si, que alegrará alguns e frustrará tantos outros, mas pela incompreensão que inevitavelmente o cercará.
A nova edição da pesquisa Vozes da Classe Média, realizada no Rio Grande do Sul, investigou a percepção de insegurança e evidenciou seu impacto na escolha eleitoral dos entrevistados. A análise aprofundada dos dados revela o alinhamento do voto à linha discursiva dos candidatos testados nas diferentes simulações realizadas.
Em uma sociedade onde os valores se tornam cada vez mais relativos, a dificuldade em lidar com contradições empurra opiniões para os extremos e inviabiliza acordos. O uso de regras sem a busca pelo consenso, apenas acentua esse cenário, aprofundando divisões e ampliando os conflitos internos do país.
A política, reduzida a torcida ou provocação, perde seu potencial transformador. E, paradoxalmente, quanto mais ela afeta nossas vidas, do preço dos alimentos à liberdade de expressão, mais difícil se torna discuti-la com lucidez.
Mais do que mensurar o total de votos, a ADTE analisa a força política dos partidos e candidaturas a partir da distribuição de votos por município, utilizando como base os dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Desenvolvida para transformar dados eleitorais em vantagem competitiva, a ADTE é atualmente a única metodologia no Brasil capaz de medir, com precisão, o desempenho territorial de partidos e candidaturas, município a município, com aplicação direta para as eleições proporcionais e majoritárias de 2026.
A partir de 2018, com a realização da primeira eleição verdadeiramente polarizada no Brasil, observamos mudanças profundas no comportamento do eleitor. A partir desse momento, os brasileiros passaram a expressar sua posição ideológica de forma mais contundente, elevando a temperatura da disputa e acentuando a divisão do país entre “nós” e “eles”.
A região Sul do Brasil, formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é reconhecida pela diversidade de seu comportamento político e pela solidez de sua tradição eleitoral. A análise dos rankings partidários de 2014, 2018 e 2022, com base na soma dos votos válidos obtidos por cada partido para as disputas de deputado estadual e federal, incluindo eleitos e não eleitos, revela transformações significativas no perfil ideológico e na distribuição do poder político na região.